A Vale está focada em expandir sua produção de cobre, com destaque para as operações em Carajás, no Pará, onde projetos como Bacaba e o "Novo Carajás" devem impulsionar a oferta do metal. A estratégia acompanha a expectativa de crescimento robusto da demanda global por cobre, impulsionada pela transição energética.
Marcelo Bacci, vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores da Vale, destacou que o cobre é um dos metais mais estratégicos para a empresa. "Enxergamos espaço para a Vale ser muito maior no mercado de cobre do que é hoje", afirmou.
Um dos principais projetos em andamento é o Bacaba, que recebeu licença prévia em junho e deve estender a vida útil da mina de Sossego, no Pará, com investimento de US$ 290 milhões. A iniciativa deve contribuir com uma produção média anual de 50 mil toneladas de cobre ao longo de oito anos.
Além disso, o programa "Novo Carajás" tem o cobre como um de seus pilares. Embora a região seja tradicionalmente associada ao minério de ferro, Bacci ressaltou que o metal vermelho é o principal foco do projeto. "Esses projetos estão sendo desenhados agora e terão impacto nos próximos anos", explicou.
Demanda global aquecida, níquel sob pressão
Enquanto o cobre vive um momento de expansão, com preços em alta, o níquel enfrenta desafios devido ao excesso de oferta global. Bacci admitiu que o cenário atual para o níquel não é favorável, mas reforçou que ambos os metais são essenciais para a transição energética.
No minério de ferro, a Vale mantém uma visão equilibrada, com demanda estável e preços firmes, beneficiados pela exaustão de minas na Austrália e pelo consumo moderado na China.
Com uma estratégia clara para o cobre e investimentos em Carajás, a Vale busca consolidar sua posição no mercado global de metais críticos para um futuro de baixo carbono.
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