O Pará avança como protagonista na construção de um novo modelo de pecuária sustentável e rastreável na Amazônia. O Estado, que tem o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com aproximadamente 26 milhões de cabeças, e lidera a criação de bubalinos com um plantel de 782 mil animais – mais de 70% deles concentrados no Marajó –, vem consolidando um padrão produtivo que alia transparência e competitividade.
Por meio de políticas públicas, como os programas de Pecuária Sustentável e Sistema de Rastreabilidade Individual de Bovinos e Bubalinos do Pará (SRBIPA), o governo estadual busca reforçar a segurança sanitária, ter uma produção mais eficiente e ampliar a responsabilidade socioambiental da cadeia pecuária.
“A rastreabilidade é um passo decisivo para consolidar um modelo de desenvolvimento que concilia produção, responsabilidade ambiental e acesso a mercados cada vez mais exigentes. O Pará avança com um sistema integrado, que amplia a transparência, fortalece a segurança sanitária e combate ilegalidades, assegurando previsibilidade e credibilidade à nossa pecuária”, afirma o governador Helder Barbalho.
Por meio da escuta ativa do setor, o governo vem ampliando as ações e beneficiando os produtores. Entre as ações adotadas está a ampliação do prazo da rastreabilidade do rebanho, a partir do decreto nº 5.074, assinado pelo governador Helder Barbalho no início deste mês. Com isso, a identificação dos animais, prevista inicialmente para janeiro de 2026 e 2027, poderá ser realizada até 31 de dezembro de 2030.
A medida parte do entendimento de que a identificação individual e a rastreabilidade de bovinos e bubalinos no Pará constituem atividades permanentes e sistemáticas das ações de Defesa Sanitária Animal.
Impactos positivos
O programa de rastreamento promove a modernização da pecuária, com inclusão digital e adequação ambiental de produtores de todos os portes, ao integrar informações ambientais, produtivas e sanitárias em um sistema único, alinhado aos compromissos ambientais e climáticos do Brasil. A iniciativa já apresenta resultados concretos, como a redução dos riscos de desmatamento ilegal, de grilagem de terras e da movimentação irregular de animais.
A parceria entre os setores público e privado é a força motriz do projeto. Essa colaboração prioriza a alta produtividade e resulta em uma produção de maior qualidade, com respeito à sanidade animal. “Ao integrar informações ambientais, produtivas e sanitárias, o Pará estrutura uma política pública moderna, capaz de fortalecer a governança da cadeia pecuária e estimular a competitividade de pequenos, médios e grandes produtores”, reforça Hana Ghassan, vice-governadora do Estado.
Com isso, o setor vem colhendo frutos, como a ampliação da comercialização no mercado nacional, uma vez que as medidas elevam a confiança do consumidor e a comercialização para mercados internacionais, incluindo os mais exigentes, como o europeu e o chinês.
Esses avanços já começam a se refletir de forma concreta no desempenho da cadeia pecuária paraense.
Resultados
Prova disso foi a exportação de uma remessa de 108 toneladas, que saiu do município de Xinguara, conhecido como a capital do boi gordo, para a China. Segundo informações do governo do estado, o lote exportado incluía mais de 350 bovinos machos da raça Nelore. “A rastreabilidade é um instrumento estratégico para garantir conformidade socioambiental e ampliar oportunidades para o setor no cenário nacional e internacional”, detalha a vice-governadora.
Agora, a proposta do governo é rastrear 100% dos bovinos movimentados no Pará até 31 de dezembro de 2030.
Fonte/Créditos: Estadão
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