Zezé Di Camargo é um dos maiores artistas da história da música brasileira. Compositor, dono de uma trajetória esplendorosa e outrora cantor de destaque, a importância de Zezé para a música jamais pode ser questionada. No próximo dia 31, o artista se apresenta em Marabá, no Complexo Cultural, e deve ser o responsável pela contagem regressiva da virada na maior cidade do Sul e Sudeste paraense. A expectativa é que uma multidão esteja presente para acompanhar a apresentação do sertanejo.
Ao longo desta semana, Zezé entrou em uma desnecessária polêmica ao atacar publicamente as filhas de Silvio Santos, agora proprietárias do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). O artista se incomodou com a presença do presidente Lula e outras autoridades durante lançamento do SBT News, novo canal de notícias da emissora, e atacou as empresárias. Zezé chegou a dizer que as filhas de Silvio estavam se prostituindo, algo que veio a público pedir desculpas depois.
O artista afirmou que o Homem do Baú jamais teve tal atitude e foi surpreendido com a reação da web ao resgatar imagens de Silvio Santos com todos os presidentes do Brasil desde a redemocratização. Faltou memória a Zezé, mas também faltou capacidade cognitiva e bom senso. Qual o problema em receber autoridades para o lançamento de um canal de notícias? Seja ele o presidente que for, a postura de uma empresa deve ser sempre cordial e diplomática.
Zezé não é burro, mas está agindo como tal e isso não é de hoje. Há anos o filho mais velho de Francisco escolheu ser extremista e defender publicamente e cegamente um lado. É seu direito, claro, se posicionar, mas é falta de inteligência da sua parte certas atitudes, como a de não querer aparecer em um canal de televisão porque este foi diplomático e recebeu um presidente da república.
Zezé tem 63 anos, ainda é jovem, mas está quase sem voz. No entanto, pelo peso histórico que tem, continua sendo contratado para shows em todo o Brasil. Muitos destes com recursos do governo que ele, supostamente, não quer aproximação de forma alguma.
Em Marabá, vai “cantar” para uma multidão que o idolatra. “Burro”, desmemoriado e um tanto hipócrita, sobe ao palco sem fazer mea culpa, com a capacidade cognitiva comprometida por convicções ultrapassadas e pela bagatela de R$ 1 milhão – dinheiro público, é claro.
Comentários: