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Sobrevivente de tragédia na Ponte JK: 'Estou vivo porque não tenho escolha'

Exatamente um ano após o desabamento que matou 17 pessoas, incluindo sua esposa e filha, Jairo Rodrigues não quer falar sobre tragédia e diz: "minha vida se foi com elas"

Sobrevivente de tragédia na Ponte JK: 'Estou vivo porque não tenho escolha'
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Passado um ano do desabamento da Ponte JK, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, o único sobrevivente da tragédia, Jairo Rodrigues, foi procurado pela reportagem do Gazeta Carajás para uma entrevista. Aos 37 anos, Jairo foi educado, respeitoso, mas declinou do convite e explicou que o aniversário da tragédia tornou ainda mais difícil a sua situação - Jairo perdeu a esposa Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos, e sua filha Cecília Tavares Rodrigues, de apenas 3 anos.

"Esse mês tem sido ainda mais difícil. A minha vida infelizmente se foi com elas. Estou vivo porque não tenho escolha", afirmou.

As palavras ecoam a dimensão de uma tragédia que marcou o final de 2024 na região de Estreito. A Ponte JK, importante via de ligação, desabou sem aviso prévio, ceifando vidas em segundos. Entre os veículos que caíram no rio abaixo, estava o de Jairo Rodrigues, que ficou totalmente destruído. Sua esposa e sua filha, lamentavelmente, perderam a vida.

Jairo jamais falou publicamente sobre o ocorrido. Pessoas próximas já afirmaram que ele não tem explicações para a pergunta que todos querem fazer: como ele sobreviveu? 

Nas redes sociais, para mais de 34 mil seguidores, Jairo expressa suas dores, relembra momentos com a família e tenta desabafar para seguir adiante. "A dor é insuportável, o que tenho ouvido de muitos, é que essa dor vai diminuindo com o tempo, mas não esta sendo assim. Todo dia parece que foi ontem, esse mês tem sido ainda mais difícil para todos nós. São tantas interrogações na minha cabeça,  tantos , porquês sem respostas", afirmou ele em publicação no dia 20 de dezembro.

Ontem (21), Jairo chegou a publicar fotos de corridas em que participa e afirmou que correr ajuda, pois é quando chora e se lembra delas. "Perdi elas,  tudo que eu mais amava, o motivo que me fazia querer  acordar cedo para  lutar. Hoje o que tem me ajudado a levantar, além da fé em um Deus  que cuida e sabe de todas as coisas, é CORRER, saio para correr ou melhor,  chorar. A corrida tem me ajudado, eu choro muito pois penso nelas o tempo todo."

 

 

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Kleysykennyson Carneiro

Publicado por:

Kleysykennyson Carneiro

Editor-chefe do Gazeta Carajás. Com mais de 15 anos de atuação no jornalismo, sua trajetória inclui passagens por televisão, assessoria institucional e direção de grandes eventos.

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