Por volta das 05h da manhã desta terça-feira (03), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) comunicou sua adesão as mobilizações que estão em processo de construção em 11 municípios no Corredor da Estrada de Ferro Carajás entre Parauapebas e São Luís no Maranhão, com objetivo de defender os direitos do povo que estão sendo negados, segundo o movimento, pela companhia mineradora VALE. A ação faz parte da Jornada de Luta por Direitos e Reforma Agrária Popular.
O movimento assina carta com oito reivindicações:
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A imediata devolução de terras não mineráveis sob posse ilegal da empresa VALE para fins de Reforma Agrária, assim como a aquisição de mais de 100 mil hectares de terras para assentar famílias acampadas e cadastradas pelo INCRA;
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A criação de um Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico, sob controle social dos recursos do CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral), para o enfrentamento às mazelas provocadas pelo modelo mineral;
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A adoção imediata de um programa de habitação popular para a construção de 10.000 (dez mil) casas, para fazer frente ao déficit de moradia no município de Parauapebas;
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A criação imediata de um Programa de Transferência de Renda, no valor de 1.000 (hum mil) reais por famílias em estado de vulnerabilidade social, em especial, as famílias chefiadas por mulheres;
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Investimento massivo em programas de reflorestamento, recuperação de nascentes e da adoção da agroecologia em larga escala, nos municípios direta e indiretamente atingidos pela mineração;
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Pagamento imediato do CFEM e de outros tributos, fruto de sonegação fiscal ou práticas semelhantes que sejam destinados para os cofres públicos de todos os municípios que são direta e indiretamente atingidos pela mineradora Vale;
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Reparação pelas tragédias ambientais provocadas pela mineradora Vale, em especial as vítimas de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.
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Criação de uma Força Tarefa do Governo Federal, Estadual e Municipal com a participação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal para tratar dos desdobramentos dos pontos acima citados.
Até o presento momento, o movimento continua ocupando a linha férrea.
Fonte/Créditos: Com Amazônia de Ferro
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