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COP30: Josemira Gadelha apresenta modelo de cidade sustentável construído em Canaã dos Carajás

Na Green Zone da COP30, Josemira Gadelha destaca Canaã como exemplo de cidade que transforma riqueza mineral em desenvolvimento humano e sustentabilidade

COP30: Josemira Gadelha apresenta modelo de cidade sustentável construído em Canaã dos Carajás

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A tarde desta terça (11) na Green Zone da COP30, em Belém, teve sotaque paraibano e coração paraense mandando um recado direto: é possível transformar riqueza mineral em qualidade de vida, floresta em pé e cidade planejada.

“Crescemos com o minério, mas nosso legado é para as pessoas.”, afirmou a prefeita de Canaã dos Carajás, Josemira Gadelha, dentro do 5º painel “Cidades Sustentáveis: Inovação e Governança para o Desenvolvimento Local”, realizado no stand do Consórcio da Amazônia Legal (CAL), com mediação de Emerson Rocha, diretor executivo do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará, e participação do prefeito de Parauapebas, Aurélio Ramos, e do professor Marcelo Moreno, diretor de licenciamento ambiental da Sema.

Diante de um público formado por gestores, pesquisadores, organizações internacionais e movimentos da sociedade civil — em um dos espaços mais simbólicos da conferência, a Green Zone, voltada a soluções concretas e ao diálogo com a população¹ — Josemira apresentou Canaã dos Carajás como caso real de transição de uma economia extrativa para um modelo de desenvolvimento sustentável, ancorado em planejamento, indicadores e participação social.

Em sua fala, a prefeita resgatou a trajetória de Canaã: município amazônico que nasceu da agricultura e ganhou projeção mundial com um dos maiores complexos de mineração em operação, mas que hoje organiza o futuro a partir do plano “Canaã dos Nossos Sonhos 2050”, estruturado no tripé sustentabilidade, prosperidade e felicidade.

Ela destacou que a gestão municipal trata a CFEM e as demais receitas como ferramentas de transformação, não como cheque em branco: investimentos em infraestrutura sustentável, políticas sociais, preservação ambiental e diversificação econômica. A mensagem central foi objetiva: “não existe cidade inteligente se ela destrói o território em que está inserida”.

ODS 11 na prática: cidade viva, verde e inclusiva

Josemira apresentou um conjunto de ações que colocam Canaã dos Carajás como referência regional em alinhamento ao ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), saindo do discurso para entrega concreta à população. Entre os destaques:

  • Ampliação de áreas verdes urbanas, criação e fortalecimento de bosques e parques lineares, conectando cidade e floresta.
  • Programa robusto de arborização urbana e rural, com centenas de milhares de mudas plantadas e meta de chegar a 1 milhão e meio até 2028, associado ao Plano Municipal de Arborização em sintonia com diretrizes nacionais.
  • Mobilidade sustentável, com iluminação 100% em LED na zona urbana e rural, sistema de transporte coletivo implantado, calçadas acessíveis e mais de 50 km de ciclovias, incentivando modais limpos e seguros.
  • Moradia digna, equipamentos públicos de qualidade e ocupação planejada do território, reduzindo desigualdades e garantindo acesso a serviços básicos, com atenção especial às pessoas em vulnerabilidade social e povos originários, como os indígenas da região.

A prefeita reforçou que o planejamento urbano de Canaã é construído com participação social e uso de dados, conectando decisões de hoje com metas de longo prazo para uma cidade mais resiliente às mudanças climáticas.

Salto no Índice de Progresso Social

Durante o painel, Josemira apresentou resultados que ajudam a traduzir o discurso em números. Entre 2024 e 2025, Canaã dos Carajás registrou avanço consistente no Índice de Progresso Social (IPS Brasil), subindo posições no ranking nacional e consolidando-se entre os municípios com melhores indicadores do Pará, reflexo de políticas integradas em saúde, educação, meio ambiente e inclusão.

Segundo a prefeita, esse desempenho reforça que “cada investimento em infraestrutura verde, mobilidade, inclusão produtiva e educação é também uma política climática, porque protege gente, território e futuro ao mesmo tempo”.

Compromisso com “mutirão global” pelo clima

Em sintonia com a proposta da Green Zone de dar visibilidade a soluções amazônicas e aproximar a agenda climática da vida das pessoas, Josemira defendeu o protagonismo dos municípios da Amazônia Legal na COP30, destacando o papel do Consórcio da Amazônia Legal e das cidades mineradoras em apresentar projetos concretos que merecem acesso a financiamento climático internacional.

Encerrando sua participação, a prefeita lançou um chamado coletivo aos parceiros públicos, privados e multilaterais:

“Mutirão é uma palavra tupi-guarani que significa fazer juntos, acão conjunta. E é assim que Canaã constrói o futuro: em cooperação com a região, com o Brasil e com o mundo, comprometida em reduzir emissões, ampliar áreas verdes, proteger nascentes e garantir que o desenvolvimento na Amazônia seja sinônimo de dignidade para quem vive aqui.”

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Eric Vaccaro

Publicado por:

Eric Vaccaro

Eric é repórter, redator e estudante de Jornalismo, com atuação voltada à cobertura local na região de Carajás.

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