Na palestra “Mineração do Futuro”, realizada na manhã desta terça-feira (28) durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram), em Salvador (BA), o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a empresa deve retomar ainda neste ano o posto de maior mineradora de ferro do mundo.
O título foi perdido para a australiana Rio Tinto após a tragédia de Brumadinho, em 2019. “No ano passado, nós produzimos 328 milhões de toneladas de minério e a expectativa é chegar a 360 milhões neste ano. Assim, a Vale pode retomar o posto de maior mineradora de ferro do mundo”, disse Pimenta.
Ao apresentar a visão da Vale para os próximos anos, o executivo defendeu uma mineração mais tecnológica, circular e de baixo carbono. Segundo ele, a empresa já reduziu 27% das emissões de gases de efeito estufa e pretende chegar a 33% até 2030, mantendo neutralidade no escopo 2 e substituindo parte do diesel por etanol em equipamentos de grande porte.
Entre as ações de preservação, Pimenta mencionou a parceria com o ICMBio, que protege 1,3 milhão de hectares de florestas, o equivalente a cinco vezes o território da cidade de São Paulo. “A floresta de Carajás só está de pé porque a Vale está lá, cuidando e protegendo. É uma parceria que envolve vigilância constante, prevenção a incêndios e combate a invasões. Isso mostra que mineração e conservação não são forças opostas”, disse.
O presidente também ressaltou o avanço da mineração circular, baseada no reaproveitamento de rejeitos e materiais antes descartados. “Estamos produzindo milhões de toneladas a partir de fontes circulares, utilizando tecnologia para reprocessar minérios com alto teor. É mais eficiente, mais seguro e com menor pegada ambiental.”
Mesmo com a transição energética em curso, Pimenta avalia que a demanda global por minério de ferro seguirá alta. “Crescimento populacional, eletrificação e urbanização são elementos que vão gerar demandas futuras”, observou.
Ele também destacou o potencial brasileiro na produção de cobre, um dos metais mais estratégicos para a economia verde. “A eletrificação passa por oferecer cobre e é um enorme desafio da indústria trazer esses projetos para operação. É um mercado restrito do ponto de vista de oferta e que tem uma demanda infinita, porque ele é a base de tudo que se quer fazer com a eletrificação no mundo”, completou.
Fonte/Créditos: Com informações de Portais Muita Informação, ADVFN e O Tempo
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