A Vale estuda a viabilidade de construir uma operação subterrânea para estender a vida útil da mina de cobre de Sossego. Esta é uma das opções para manter a produção da operação no Pará após o desenvolvimento dos projetos Bacaba e Barão, para exploração dos depósitos de mesmo nome.
Além de expandir a exploração em Sossego – a previsão é de que ocorra o exaurimento em 2030 com a atual taxa de operação –, a Vale pretende ampliar sua produção de cobre, prevista para alcançar entre 340 mil e 370 mil toneladas este ano.
Sossego começou a operar em 2024 e funciona atualmente com quatro principais minas a céu aberto (Sossego, Sequerinho, Pista e Mata II) e uma unidade de processamento para concentrar o minério. No ano passado, Sossego produziu 65,4 Kt de cobre.
O ativo possui reservas minerais provadas e prováveis (com data de 2024) de 59,1 milhões de toneladas com teor médio de 0,55% de cobre e recursos medidos e indicados de 773Mt @ 0,63 Cu.
O subterrâneo de Sossego é uma opção futura sendo estudada", afirmou o diretor de Ativos e Engenharia da Vale Base Metals (VBM), Fábio Brandão, durante apresentação no Invest Mining Summit realizado em São Paulo na semana passada.
"Bacaba e Barão vão vir primeiro. São a céu aberto e Sossego subterrâneo está em estudo", acrescentou. Além destes, o ativo possui ainda os depósitos 118, Cristalino e Visconde.
Prioridade
Por enquanto, Bacaba é a prioridade da VBM. O projeto, com capex inicial de US$ 290 milhões e investimento total de até US$ 500 milhões, está preste a sair do papel.
Em junho passado a empresa obteve a licença prévia (LP) para o empreendimento e, segundo Brandão, a expectativa da mineradora é de que a licença de instalação (LP) seja emitida ainda em outubro "para começar a construção".
De acordo com o estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima), o depósito-satélite localizado a nove quilômetros da atual operação deve contribuir com 68,8Mt para Sossego durante a vida útil projetada de oito anos.
Fárbio Brandão, porém, salientou que a intenção da Vale é ir muito além. "Nosso potencial é enorme e queremos acelerar nossa produção de cobre", frisou o executivo.
"Com Bacaba e Alemão podemos chegar a 420 mil a 500 mil (toneladas) até 2030", disse, referindo-se a outro projeto de mina subterrânea da Vale no PA, que pode adicionar uma capacidade de 70Ktpa à produção de cobre da empresa.
"Tem potencial de subir ainda mais com os projetos Paulo Afonso, 118 e outros pequenos depósitos", completou Brandão, lembrando que a meta da mineradora é alcançar produção de 700 Ktpa de cobre entre 2030 e 2035.
Fonte/Créditos: Marcelo Portela - Notícias de Mineração
Comentários: