A carreira política de Benjamin Tasca pode estar se aproximando do fim. Na próxima terça-feira (25), o prefeito de Itupiranga será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) em Brasília por danos ao erário público. Caso seja condenado, o que é bastante provável, Tasca deverá pagar multa e ficará inelegível até 2032.
Pelo mesmo processo, Benjamin foi julgado e condenado em primeira instância no ano de 2017. O prefeito sequer poderia concorrer às Eleições 2020, mas recorreu e conseguiu sobrevida judicial. No entanto, o caso agora será julgado em última instância e não haverá mais apelação: se for condenado, fim da linha. Não poderá disputar eleições até 2032, quando já terá 81 anos.
A contar de terça, o processo de Benjamin deve ser julgado por sete dias úteis. Todo o processo será apresentado, o prefeito terá direito a ampla defesa e uma sentença, ao fim, será proferida.
O processo que pode encerrar a carreira política de Tasca é o 0008823-17.2009.4.01.3901, que trata de dois convênios firmados em seu segundo mandato como prefeito de Itupiranga com o Incra. Os convênios são o 048/02 e o 014/02.
O convênio 048 estava destinado a obras em 37 quilômetros de estradas vicinais de assentamentos e tinha o valor de R$ 490,8 mil. O segundo previa obras estruturais em 62 quilômetros de estradas vicinais e tinha o valor de R$ 822 mil.
De acordo com o processo, o prefeito Benjamin reconheceu ter cometido irregularidades e que as licitações foram realizadas de forma ilegal. Para justificar, ele afirmou que tomou a decisão “excepcional” por conta do clima típico da região, que exigia mais celeridade no processo licitatório. O Ministério Público Federal entendeu que a justificativa é inconsistente.
O processo relata ainda que não houve a devida prestação de contas a respeito da execução dos serviços públicos. Por conta disso, o MPF entendeu que existe improbidade administrativa e lesões ao erário público de Itupiranga.
Plano B
Fontes afirmam que o grupo político de Tasca está se preparando para uma derrota nos tribunais. A frase de ordem é “não perder o poder”. Para tanto, José Milesi teria sido deixado em standby e, caso o eterno aliado Benjamin seja condenado, assumiria a cabeça da chapa.
O pedido de exoneração de Milesi da Secretaria de Habitação no prazo final para as eleições ao executivo corrobora ainda mais para esta tese.
O grupo político de Benjamin e Milesi se reveza no poder há quase 40 anos em Itupiranga.
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