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Adaptação climática deve ser prioridade na COP30, defende André Lago

Segundo o presidente da COP30, o mundo precisa ampliar as ações voltadas à adaptação, e não apenas à mitigação

Adaptação climática deve ser prioridade na COP30, defende André Lago
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O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), afirmou nesta segunda-feira (3), em São Paulo, que a adaptação climática deve ser a principal prioridade da cúpula que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Durante o COP30 Business & Finance Fórum, promovido pela Bloomberg Philanthropies, o diplomata destacou que, diante da aceleração das mudanças climáticas, o mundo precisa ampliar as ações voltadas à adaptação, e não apenas à mitigação.

“A negociação de clima em geral é dividida em mitigação, que é a redução das emissões, e adaptação. Antes, havia o receio de que falar em adaptação seria desistir de mitigar. Não é o caso — e agora menos ainda. A população sente os impactos diretamente, então adaptação é uma prioridade absoluta dessa COP”, afirmou Corrêa do Lago.

O embaixador disse esperar que a conferência seja lembrada como “a COP da adaptação”, marcando uma virada na forma como o mundo encara a resposta aos efeitos do aquecimento global.

Apenas 60 países entregaram metas de mitigação

Faltando poucos dias para o início da COP30, pouco mais de 60 países apresentaram suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) — compromissos oficiais de redução das emissões de gases de efeito estufa.

Corrêa do Lago explicou que o número abaixo do esperado reflete o esforço dos governos em definir metas realistas e verificáveis.

“Os países perceberam o quão complexo é fazer uma NDC boa. Agora querem apresentar metas que sejam críveis e factíveis, o que exige negociações internas para garantir sua viabilidade”, disse.

Fundo para florestas tropicais

O embaixador também comentou sobre o Fundo Tropical das Florestas (TFFF, na sigla em inglês), iniciativa proposta pelo governo brasileiro que busca captar US$ 10 bilhões em recursos públicos internacionais até o fim da presidência do Brasil na COP. O fundo pretende recompensar financeiramente países que preservam suas florestas tropicais, criando um mecanismo global de incentivo à conservação.

“Acho que é um sucesso imenso porque é um mecanismo muito inovador. Ele tenta resolver uma das questões mais difíceis da economia: dar valor às florestas em pé”, declarou Corrêa do Lago.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a proposta como “ambiciosa, mas possível”, reforçando que atingir a meta de US$ 10 bilhões em um ano seria “um grande feito”.

A COP30, que ocorrerá pela primeira vez na Amazônia, deve reunir líderes mundiais, cientistas e organizações civis em torno de um objetivo comum: fortalecer os compromissos globais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Fonte/Créditos: Ag. Pará

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Sergio Manoel

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Sergio Manoel

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