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Canaã: você vai querer trabalhar na Vale ou na BHP?

Chegada da maior mineradora do planeta, a BHP, na região deve criar corrida por profissionais, o que deve valorizar profissionais da mineração

Canaã: você vai querer trabalhar na Vale ou na BHP?
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Você quer trabalhar na Vale ou na BHP? Se você é um profissional da mineração em Canaã dos Carajás e região, é possível que, em breve, vá ouvir essa pergunta.

Trabalhar na mineradora Vale sempre foi um sonho de consumo para quem mora na região de Carajás. Os bons salários, benefícios como plano de saúde, incentivo a ensino superior e até participação nos lucros da empresa fazem parte do vocabulário e do imaginário de qualquer morador desta região. Afinal, quem nunca entregou currículo para algum conhecido que trabalha na Vale e aguardou com ansiedade por uma resposta.

No entanto, a chegada da maior mineradora do mundo em Canaã e região pode acabar com a hegemonia da Vale no imaginário popular. A BHP Billiton, que comprou a Oz Minerals no final do ano passado, está iniciando operações para exploração de cobre na região. Com a demanda pelo mineral aumentando em todo o planeta, a tendência é que a BHP invista mais na região. Mais investimentos significam maior demanda profissional.

E é aí que o trabalhador de Canaã dos Carajás e região começará a ser disputado pelas duas multinacionais. E o que fazer para conquistar os melhores profissionais disponíveis no mercado? Maiores salários, benefícios mais amplos, planos de carreira mais abrangentes e melhores condições de trabalho serão oferecidos aos profissionais da região na disputa entre as duas empresas.

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Quanto ganha um funcionário da Vale hoje?

De acordo com o site indeed.com, o salário médio da Vale varia entre R$ 1320,00 para o cargo de auxiliar de limpeza até R$ 14.630,00 para o cargo de médico.

A empresa também paga, em média, R$ 9.456,00 mensais para o cargo de coordenador de manutenção, a até R$ 388.651,00 para o cargo de gerente administrativo. É importante destacar que esses valores são genéricos e variam de região para região.

A empresa também disponibiliza plano de saúde, plano odontológico, seguro de vida, vale-alimentação, auxílio para ensino superior, entre outros. Claro, a famosa Participação nos Lucros e Rendimentos também é paga. A PLR é paga uma vez por ano e calculada de acordo com o que a Vale obtém de lucro em 12 meses. Em 2023, a empresa pagou, em média, um valor de 5 salários a seus colaboradores. Ou seja, alguém que ganha R$ 1320,00 recebeu PLR de cerca de R$ 6 mil.

Quanto ganha um funcionário da BHP hoje?

Compilar dados da BHP não é tarefa das mais simples, visto que a empresa está iniciando atividades no Brasil aos poucos e as informações não são públicas. No entanto, ainda de acordo com o site indeed.com, os salário na maior mineradora do mundo variam, em média, de R$ 1.461,00 para estagiários a R$ 18.000,00 para coordenadores.

De acordo com informações, a empresa também disponibiliza benefícios a seus colaboradores, como plano de saúde, vale-alimentação, seguro de vida, entre outros. Mais uma vez, é importante destacar que os valores representam médias e variam de região para região.

Vai ser melhor trabalhar em qual empresa?

As duas gigantescas empresas são referência em mineração no planeta e devem travar um duelo saudável pelos melhores profissionais da região. Não há como definir em um contexto geral qual seria a melhor companhia para atuar, pois é provável que cada caso seja um caso.

Ou seja, o que é melhor para um profissional, talvez não seja o melhor para outro. Há possibilidades reais de que salários e benefícios sejam definidos por meio de negociações entre as partes e não somente por tabelas fixadas por acordos sindicais.

Isso pode ser positivo para um mercado que só tende a crescer.

Efeitos negativos desta disputa

Palco desta concorrência, Canaã colherá frutos, mas também sofrerá impactos consideráveis por conta da disputa entre as duas gigantescas. Primeiro, se há pessoas ganhando salários maiores, o custo de vida deve subir por uma questão de oferta e demanda.

O mais imediato impacto talvez seja no preço dos aluguéis cobrados em Canaã. Na corrida para manter os melhores, as empresas devem buscar garantir moradia gratuita para seus profissionais. Os locatários serão disputados “a tapa” pelas gigantes e fecharão, naturalmente, com a empresa que pagar melhor.

Em um efeito cascata, o aluguel de toda a cidade segue para valores ainda mais altos e estabelecimentos comerciais vão “descontar” os novos gastos nos produtos ofertados. Ou seja, a tendência é que tudo fique mais caro do que já é.

Mão de obra “forasteira”

Sim, há uma possibilidade de que os profissionais locais sejam preteridos pelos de outras localidades. A prática é recorrente na Vale e em suas terceirizadas, e é alvo constante de críticas por parte da sociedade e seus representantes.

É evidente que virão profissionais de fora para ocupar alguns cargos estratégicos, no entanto o acordo com a sociedade é que 70% da mão de obra utilizada nos projetos minerais seja de profissionais locais. Prevalecendo a máxima, a disputa pelos melhores profissionais deve ocorrer.

Porém, se as empresas, em vez de disputarem os profissionais locais passarem a suprir as demandas com “forasteiros”, o ciclo de fuga de capitais continuará no município e poucos ganham.

 

 

 

 

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Kleysykennyson Carneiro

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Kleysykennyson Carneiro

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