O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), lançou oficialmente, nesta segunda-feira (10), o Vale Bioamazônico, durante evento no pavilhão do Consórcio Amazônia Legal, na Blue Zone da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém. A iniciativa foi apresentada como a consolidação de uma nova matriz econômica para o estado, estruturada na bioeconomia, na ciência e na valorização da floresta viva, com resultados já materializados no Parque de Bioeconomia da Amazônia.
Na prática, o Vale Bioamazônico se estrutura como um ecossistema de inovação que integra equipamentos e políticas já em andamento no Pará, como o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias e o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá. O projeto também engloba estratégias de incentivo à pesquisa, à educação profissional e tecnológica e à articulação entre governo, universidades e empresas, com foco em biotecnologia, inclusão social e na chamada “nova economia da floresta”.
O lançamento contou com a participação de Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade, Reputação e Governo da Natura; Jorge Vianna, presidente da ApexBrasil; Letícia Moraes, vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas; Raul Protázio Romão, secretário de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará; e Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A sessão foi moderada por Beto Veríssimo, coordenador da iniciativa Amazônia 2030.
Sustentabilidade, inovação e protagonismo amazônico
Ao apresentar a iniciativa, Helder Barbalho destacou que o estado mostra resultados concretos. “Tomamos a decisão de começar a tirar as coisas do papel e transformar isso em realidade. Quem quiser conhecer o que é o Vale Bioamazônico pode ir até o Parque de Bioeconomia da Amazônia, que não é uma ideia, não é um panfleto, não é um conceito: é uma realidade”, afirmou.
O governador também reforçou a conexão entre a agenda climática, a inovação tecnológica e o protagonismo amazônico. “Se vocês têm o Vale do Silício, nós temos o Vale Bioamazônico: serão as moléculas, as raízes, as plantas que vão transformar a nossa realidade aqui. Chegou a nossa grande chance de mostrar que a Amazônia não é apenas um santuário intocado, mas um território de gente, conhecimento e inovação que pode liderar a bioeconomia do planeta”, completou.
Ao encerrar a agenda, Helder Barbalho reiterou que o objetivo do Governo do Pará é transformar o estado no grande vale da bioeconomia, articulando políticas públicas, investimentos e parcerias para que a riqueza da biodiversidade se converta em desenvolvimento, renda e bem viver para a população amazônica.
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