A defesa de Ranniely Alves Pedra, acusada de matar a tiros Yasmin Paixão dos Anjos em 21 de novembro do ano passado, pediu à justiça que a prisão da jovem seja revogada por excesso de prazo, ou seja, uma duração grande para uma prisão preventiva. Os advogados protocolaram pedido de revogação nesta quinta-feira (23) e ainda não obtiveram uma resposta da justiça. O pedido principal é para que Ranniely responda ao crime em liberdade. Ela está presa desde o dia 22 de novembro.
De acordo com a defesa, além de já haver excesso de prazo na prisão preventiva, "Ranniely não representa riscos à ordem pública ou à instrução criminal". Abaixo alguns trechos do documento protocolado pela defesa.
O prolongamento da prisão preventiva sem o devido avanço no processo investigativo fere o princípio da razoável duração do processo, previsto no artigo 5º,inciso LXXVIII, da Constituição Federal.
A requerente é ré primária e possui bons antecedentes
A requerente possui endereço fixo, exerce atividade profissional
estável como cabeleireira e é responsável pelo sustento de seus dois filhos menores:
É muito mais razoável permitir que a requerente sofra a persecução
penal em liberdade, para que volte a produzir em seu trabalho e sustente a si
própria e sua família, ao invés de forçá-la a aguardar a sentença no cárcere
Mãe de Ranniely apela à justiça
A mãe da acusada pediu à justiça misericórdia pela filha e afirmou que os netos sofrem com a ausência da mãe, que segue presa.
Veja o documento abaixo.
Relembre o crime
Ranniely agiu sozinha durante o assassinado, apontam as apurações iniciais. Ela já havia discutido com Yasmin mais cedo e foi até a casa onde a outra jovem estava por volta das 20h30. Lá, pediu para conversar com Yasmin e entrou na residência.
Do lado de dentro, sacou uma arma e atirou várias vezes contra a cabeça da jovem. Depois, saiu do local utilizando uma motocicleta Honda Bros e sumiu, sendo encontrada somente no dia seguinte.
Ao ser encontrada, Ranniely estava dormindo na casa de um parente também no distrito de Maracajá. Ao ser questionada se havia matado a jovem Yasmin, ela confessou e afirmou que havia jogado a arma em um matagal, logo após o crime. Ela foi presa e permaneceu calada em seu depoimento à justiça.
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