Na tarde desta sexta-feira (19), o desaparecimento da jovem Raissa Ferreira da Silva, de 14 anos, chega a 48 horas. Segundo a família da adolescente, Raissa teria saído de casa para fazer um trabalho escolar na Biblioteca Orlando Lima Lobo, que é próximo a orla da cidade. Ela foi vista pela última vez na quarta-feira (17), tomando banho com outros dois adolescentes na escadaria que dá acesso ao embarque de rabetas. No local, ficaram apenas as sandálias da garota.
Testemunhas contaram à polícia que chegaram a ver os três adolescentes se banhando na área. Em dado momento, esses jovens subiram a escada para mais um salto. No entanto, Raissa Ferreira da Silva, não sabia nadar. Ela pulou no rio e afundou nas águas. Então, os jovens que estavam na orla pularam para tentar encontrá-la, mas não tiveram sucesso. Guarnições da 1ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) permaneceram no local do fato, até a chegada dos bombeiros. Que deram início ao trabalho de buscas pela superfície, mas também não encontraram nada que pudesse ajudar a localizar Raissa.
Para os parentes, que hoje não quiseram dar entrevista, o mais provável é que o corpo da menina esteja preso em alguma estrutura ou galho submerso. Eles seguem mobilizados com a ajuda de pescadores em buscas independentes pela jovem. Para marcar o segundo dia de buscas pela garota, familiares e amigos acenderam velas, na área de onde testemunhas apontaram como o local do salto da menina. Nesta época de cheia dos rios, ver crianças e adolescentes se aventurem a pular da orla para se banhar nas águas é uma cena bastante comum. Até os assentos dos bancos espalhados pela orla, mesmo feitos de concreto e pesados, podem virar apoio para os saltos. O problema é que também nesse período de chuvas as correntezas ficam mais fortes e o que era para ser uma brincadeira acaba se tornando uma prática perigosa.
“Apesar de uma aparente tranquilidade na superfície, o Rio Tocantins esconde armadilhas”, alerta o Tenente Rodrigo Ávila, do Corpo de Bombeiros. “A correnteza é muito forte e, abaixo da superfície, se formam redemoinhos que puxam o banhista para o fundo. E é praticamente impossível que ele volte, mesmo sabendo nadar. Desde as primeiras horas do sumiço, nós não trabalhamos com a hipótese de que a Raissa seja encontrada com vida”. Ele detalha ainda que uma equipe de mergulhadores de Belém está em Marabá desde ontem (18) e auxilia nas buscas. Nessa sexta, os mergulhos estão sendo realizados mais abaixo do ponto onde a menina desapareceu. Os Bombeiros estão considerando que a força da água pode ter levado o corpo de Raissa para outro ponto do rio.
Fonte/Créditos: Tay Marchioro - O Liberal
Créditos (Imagem de capa): Tay Marchioro
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