Começou nesta quinta-feira (22) o júri popular de Daniel Marcus Silva, Walisson Júnior Oliveira da Cunha (“Coringa”) e Júnior César Inácio dos Santos, no Fórum de Tucumã, no Sul do Pará. O trio é acusado do assassinato do empresário Gustavo Murari. O crime ocorreu em 2021. Eles são réus confessos do homicídio e outros crimes relacionados ao mesmo caso. Para familiares e amigos, é finalmente o momento de justiça ser feita. A mãe do rapaz, dona Conceição Murari, veio de Belo Horizonte (MG) para acompanhar o julgamento, que deve se estender até sexta-feira (23).
Gustavo Murari de Moura foi morto com quatro tiros, no dia 9 de agosto de 2021. O inquérito policial foi presidido pelo superintendente regional do Alto Xingu, delegado Rafhael Machado, que à época era titular da Delegacia de Tucumã. As investigações mostram que houve um possível crime passional e um roubo de celular. Daniel é apontado pela polícia como o mandante. Walisson “Coringa” seria o autor dos disparos. Júnior seria o piloto da moto usada no crime. Na porta do Fórum de Tucumã, faixas e cartazes cobravam punição aos três réus confessos.
Pelas investigações, Daniel se relacionava com Lorena, que naquele momento era ex-esposa de Gustavo. Em determinado momento, a moça deixou o acusado de ser mandante do crime. Daniel, segundo a PC, desconfiava que Lorena estivesse voltando para Gustavo. Foi quando Walisson e Júnior teriam sido contratados para roubarem o celular da mulher. A dupla conseguiu roubar o aparelho no dia 27 de julho de 2021, na propriedade rural da mãe dela.
“O sentimento é de tristeza e espero que haja justiça. Gustavo uma pessoa boa, nunca fez mal a ninguém, mas esse homem [Daniel] sempre estava provocando o Gustavo, perturbando, junto com a Lorena e ele já estava em outra, mas fez questão de encher a cabeça do cara. Acredito que, numa briga, ela deve ter dito que ia voltar e então esse homem fez essa covardia”, disse dona Conceição Murari, que acredita que a ex-nora foi pivô da morte do filho.
A mãe de Gustavo ainda diz que o filho já vinha sendo perseguido antes de ser morto. “Esse homem [Daniel]… ele é ruim. Ele maltratava os filhos do Gustavo. Fomos inclusive ao Conselho Tutelar para mostrar os machucados que eles apresentavam. Gustavo não merecia isso, a família dele não merecia. Ele acabou com a vida do meu filho como se fosse um bandido. Eu peço só justiça e se Deus quiser a justiça vai ser feita”, concluiu a dona Conceição.
Ainda como apontam as investigações e confissões dos réus, após ver o celular de Lorena, Daniel resolveu contratar a morte de Gustavo. Os três foram presos num período de 45 dias. Júnior foi solto após alguns meses detido para aguardar o julgamento em liberdade. Continuam presos Daniel (desde 25 de agosto de 2021) e Walisson “Coringa” (desde 24 de setembro de 2021).
Confira entrevista com a mãe de Gustavo.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
Fonte/Créditos: Fato Regional
Créditos (Imagem de capa): Fato Regional
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