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Na Inglaterra, Helder conhece experiências de bioeconomia no Kew Royal Botanic Gardens

Helder Barbalho e comitiva foram recebidos na instituição por membros da equipe de Inovação Comercial e de Cooperação Científica

Na Inglaterra, Helder conhece experiências de bioeconomia no Kew Royal Botanic Gardens
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O Pará é o único estado brasileiro a ter um Plano Estadual de Bioeconomia, construído a partir do diálogo com diversas instituições, e de forma especial com os Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCTs). A fim de conhecer experiências eficientes nessa área, o governador Helder Barbalho, a primeira-dama Daniela Barbalho e a delegação paraense foram recebidos nesta quinta-feira (16) por membros da equipe de Inovação Comercial e de Cooperação Científica do Kew Royal Botanic Gardens (Jardim Botânico do Reino Unido) para dialogar sobre lições aprendidas com a estratégia de bioeconomia da Colômbia, além de conhecer o trabalho realizado pela instituição que possa servir de inspiração ao Parque de Bioeconomia e Inovação do Pará.

O encontro integra uma série de compromissos que antecedem a reunião do governador do Pará com o Rei Charles III, nesta sexta-feira (17).

Com 250 anos, o Kew Royal Botanic Gardens é referência mundial para a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) por reunir uma diversidade de plantas vivas, secas e fungos. No espaço atuam 350 cientistas, além de outros funcionários que atuam na proteção da natureza. Durante a explanação, foram evidenciadas as possibilidades de construir cadeias produtivas sustentáveis, que integrem desde o produtor até o consumidor.

Biodiversidade - Frederico Padilla, pesquisador de autenticação da unidade de inovação comercial, expôs as iniciativas criadas para ligar produtos e pessoas, e destacou a importância da Amazônia para o planeta. “Criamos uma plataforma de valores da cadeia para conectar pessoas e consumidores, e assim incentivar a aquisição de produtos vindos da floresta. Brasil e Colômbia possuem a maior biodiversidade do mundo. A Amazônia é, sem dúvidas, uma região muito importante, porque além da biodiversidade tem o conhecimento tradicional”, destacou o pesquisador.

O Plano de Bioeconomia do Pará possui três pilares: Pesquisa, desenvolvimento e inovação; Patrimônio cultural, genético e conhecimento tradicional associado, e Cadeias produtivas e negócios sustentáveis. Ao investir nos produtos prioritários da biodiversidade para fomentar a bioeconomia, estudos estimam que é possível alcançar R$ 178 bilhões até 2040. O valor é equivalente ao atual PIB (Produto Interno Bruto) do Pará. O Plano de Bioeconomia prevê ainda a construção da Escola dos Saberes no município de Santarém, Oeste do Pará.

Economia de baixo carbono - A entrega do Plano Estadual de Bioeconomia surge como mais um ativo para a construção de uma economia de baixo carbono, que poderá tirar do Pará a posição de maior emissor de Gases de Efeito Estufa (GEE) e permitir que alcance o compromisso de zero emissões.

“Partimos do princípio da construção de uma economia de baixo carbono para que possamos, em 2036, ser um Estado de zero emissões. O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia irá unir conhecimentos, sejam tradicionais, das comunidades originárias, da Academia, de instituição pública ou privada. O Parque representa parte do Plano Estadual de Bioeconomia, que baliza as ações do Estado na construção desse novo modelo de economia de baixo carbono”, enfatizou o governador Helder Barbalho.

Entusiasmado com o que viu no Jardim Botânico do Reino Unido, o governador do Pará demonstrou interesse em firmar parceria com a instituição, e de forma participativa fazer do Parque de Bioeconomia e Inovação o maior centro de conhecimento para a Amazônia brasileira.

“Queremos fazer parte e incluir a Amazônia nesse hall de parcerias positivas que existem hoje com o Parque (Kew). A Amazônia é algo extremamente especial para o desafio do conhecimento da biodiversidade e o modelo que queremos construir. Enxergo como sendo sinérgico, e gostaria de apontar essa construção”, completou Helder Barbalho.

Na ocasião, o governador foi presenteado com um exemplar da obra “A maloca entre artefatos e plantas”, de Richard Spruce. Também estiveram presentes ao encontro o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida; o secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio Romão; o embaixador e coordenador de Relações Internacionais, Everton Vargas, e membros da Embaixada Brasileira em Londres e integrantes da instituição.

(Aline Saavedra - Agência Pará)

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