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Luciano Dias na cova dos leões

O ungido de Tião Miranda corre contra o tempo para consolidar a própria figura na política marabaense, mas vai precisar encarar adversários mais vividos na corrida pelo voto

Luciano Dias na cova dos leões
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Uma vez decretada a palavra final de Tião Miranda, que Luciano Dias, o vice, era o ungido seu na corrida eleitoral marabaense, ânimos se exaltaram e muita lenha foi jogada na fogueira do debate público local. Com tantos nomes de peso na política marabaense e até no próprio grupo, por que Tião escolheu Luciano que é, até então, dadas as devidas proporções, um ilustre desconhecido do grande público?

De longe o mais relevante prefeito da história recente de Marabá, Tião não escolheu Luciano à toa. O prefeito consegue enxergar no vice alguém em quem pode confiar a continuidade de seu projeto, alguém que vai pensar no grupo antes de pensar em si. Evidentemente, há outros motivos, mas cabe a Tião e aos seus próprios métodos as respostas.

Apesar da confiança dada ao vice, Tião também o colocou em uma situação difícil. Penso que Luciano Dias foi escolhido pela sua lealdade e lembro de Daniel, homem de caráter inquestionável, jogado na cova dos leões.

Na cova, a mando do rei, Daniel precisou provar a si e a todos a própria fé e fidelidade. Ao final de uma noite, o rei foi até a cova e encontrou um Daniel bem, vivo e leões desinteressados na carne do homem de fé.

Em Marabá, a situação não é tão bíblica assim, mas Tião, ao escolher Luciano, o jogou na cova das leões. Políticos mais experientes, nomes de mais peso no cenário local, como Pedrinho Corrêa, Dirceu Ten Caten, Chamonzinho e até Fernando Henrique, que corre por fora na disputa, devem duelar contra o ungido já nos próximos meses. Importante observar ainda que leões não são vorazes por maldade, mas pela própria natureza. Os nomes citados são fortes porque o são e não há nada que possa ser feito para evitar isso - fluxo natural da política.

No entanto, Luciano não é nenhuma vítima, bem como Daniel não era. O vice sabe de suas qualidades e conhece os próprios limites. É possível até que Luciano saiba o que fazer para não ser devorado pela implacável natureza dos leões – o que, evidentemente, não quer dizer que ele não será trucidado na longa noite que ainda está por vir. Tudo pode acontecer.

Como Deus pouco se importa com o que acontece ou deixa de acontecer na política de Marabá ou de qualquer outro lugar, não adianta a Luciano seguir o mesmo método de Daniel. Talvez a ele seja mais adequado orar com fé a São Sebastião e torcer para que as bocas cheias de dentes dos leões sejam fechadas até o fim de 2024.

 

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Kleysykennyson Carneiro

Publicado por:

Kleysykennyson Carneiro

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