O prefeito de Itupiranga, Benjamin Tasca, completou 1000 dias de gestão nesta quinta-feira (28). O gestor da bela cidade localizada às margens do Rio Tocantins não tem muito o que comemorar neste marco importante de gestão.
Ao longo de 1000 dias, Benjamin enfrentou problemas e viu o seu quinto mandato como prefeito ser o pior da própria história, manchando inclusive a imagem de gestor competente, que sempre lhe acompanhou.
Vencendo Eider Gomes na bacia das almas em 2020, Tasca assumiu em janeiro de 2021 e logo foi acometido pela covid-19. À época com 70 anos, o gestor chegou a ser intubado, mas se recuperou e voltou ao cargo. No entanto, sequelas ficaram e, vez por outra, sente problemas respiratórios, como uma pneumonia que o acometeu recentemente.
Passados os dias, Tasca precisou lidar com problemas advindos da pandemia. A saúde itupiranguense sofreu, mas conseguiu vencer o vírus.
No entanto, a gestão começou a implodir graças a problemas políticos, como o causado pelo vice de Benjamin, professor Menezes, que é acusado de organizar e chefiar um grupo de pessoas em uma ação que culminou na invasão de uma propriedade privada. Desde então, o vice está afastado de Benjamin para que sua imagem não seja vinculada a do gestor.
O município tem se tornado um caos, principalmente em áreas como infraestrutura, saúde e educação. Na infraestrutura, a zona rural clama por soluções: distritos como Quatro Bocas e Cajazeiras sofrem com buracos, lama e poeira. A gestão parece correr de um lado para o outro e não resolve as problemáticas.
Na saúde, o município clama por resoluções. O hospital não atende a altura pacientes, profissionais são acusados de descaso e o povo sofre.
Na educação, outrora orgulho de Benjamin, o maior gargalo. Atrasos salariais, atrasos no pagamento de fornecedores, problemas no transporte escolar, reclamações de pais, e, recentemente, acusações de corrupção por parte do titular da Semed, Artur Oliveira. O secretário teria até ameaçado abrir a “caixa preta” do município e “entregar todo mundo”.
O caso foi revelado pelo vereador Edilson Santos, líder do governo na Câmara Municipal, que afirmou que levaria as denúncias até o Ministério Público.
Outro fato relevante é que Benjamin perdeu a autonomia do próprio partido. O PSD foi tirado do gestor pelo presidente estadual da sigla, Junior Ferrari, e entregue a Joana Milesi, que já declarou apoio a Eider, principal nome de oposição.
É assim, perdendo aliados, força política, com problemas de saúde e vendo a própria casa implodir, que Benjamin sonha com a reeleição. Há quem diga que aliados mais próximos o aconselham a não concorrer pelo bem da própria imagem, mas a informação é que ele tem a vaidade de ser eleito para um sexto mandato, um feito inédito no estado, e por isso não abriria mão da campanha ano que vem.
No entanto, a vaidade de uma pessoa é o motivo correto para ocupar cargo público? Fica a pergunta para os itupiranguenses responderem em 2024.
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