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'Continua orando': 3º sargento do Bope tentou acalmar esposa antes de morrer

Heber Carvalho da Fonseca, de apenas 39 anos, foi um dos policiais mortos na operação contra facção criminosa no Rio de Janeiro

'Continua orando': 3º sargento do Bope tentou acalmar esposa antes de morrer
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Minutos antes de ser baleado durante uma megaoperação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) contra facções criminosas, o 3º sargento Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, trocou mensagens com a esposa, Jéssica Araújo, pelo WhatsApp. Em prints da conversa, é possível acompanhar a transição de uma conversa rotineira para um dramático pedido de orações e, por fim, o silêncio que confirmaria o pior temor da família.

Por volta das 10h10 da manhã desta terça-feira, Jéssica pergunta ao marido: “Vê lá, bem?”. A resposta de Heber, às 10h27, é um “Estou bem”, seguida de um pedido: “Continua orando”. Às 10h57, ele envia sua última mensagem. A partir dali, apenas o desespero do outro lado da tela.

Preocupada com a notícia de confrontos, Jéssica começou a enviar uma série de mensagens que ficaram sem resposta. “Muitos baleados”, escreveu ela às 11h04. “Me dá sinal de vida sempre que puder”, suplicou, às 12h37. Entre 13h33 e 13h36, a esposa tentou contato por ligação cinco vezes. Nenhuma foi atendida.

Heber Carvalho da Fonseca ingressou na Polícia Militar em 2011 e era integrante do Bope. Flamenguista e “muito ligado à família”, conforme relatos, ele deixa a esposa, dois filhos e um enteado.

“A senha em mãos”

Em redes sociais, Jéssica Araújo desabafou sobre a dor da perda. Ela contou que o marido, sempre que um colega de corporação morria, costumava dizer que tinha “a senha em mãos”, numa referência resignada aos riscos da profissão e à consciência de que, um dia, poderia ser sua vez.

“Ele era corajoso, sonhador e determinado a alcançar seus objetivos”, escreveu Jéssica, que ainda se diz sem acreditar na partida do companheiro.

Outras vidas perdidas

Além do sargento Heber, a operação desta terça-feira vitimou outros três policiais. Entre eles, o 3º sargento do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, que servia à corporação desde 2008. Cleiton deixa a esposa e uma filha.

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