O prefeito de Novo Repartimento, Valdir Lemes, completou 1000 dias de gestão nesta quinta-feira (28). Seu Valdir é um notório político do município, respeitado até por seus opositores, idôneo, sério e avesso a gastanças exageradas com o dinheiro público. São 1000 dias em que o cidadão de Novo Repartimento se acostumou com o estilo “linha dura” do prefeito: contas em dia e município saudável do ponto de vista fiscal são mantras para a gestão.
Em 2020, Valdir venceu Val Bispo nas eleições municipais já na bacia das almas, por apenas 450 votos. Em janeiro de 2021, iniciou a gestão deixando claro que não utilizaria a máquina pública como cabide de empregos. “A geração de renda não pode depender apenas da prefeitura, o prefeito tem que buscar parceiros que tragam investimentos para a cidade e é o que farei junto com minha equipe.”
Um fato que chamou a atenção na posse do prefeito: seu filho, vereador eleito e presidente da Câmara Municipal, Hugo Machado, o empossou, um feito inédito.
De cara, seu Valdir, à época com 65 anos, teve que lidar com a crise sanitária de covid-19. Como em municípios da região, teve problemas, mas conseguiu conduzir Novo Repartimento na luta contra o vírus.
Seu estilo austero logo ganhou fama no município e ele começou a conduzir as finanças do município com mãos de ferro, avaliando com cuidado cada centavo gasto pelo poder público. Com o legislativo controlado e do seu lado, Valdir teve condições de trabalhar da forma que se propôs.
No segundo ano de mandato, seu filho deixou de ser presidente da Câmara e foi sucedido por Sibito do Assis. O parlamentar até chegou a ensaiar problemas para a gestão, mas acabou engolido pela aprovação de seu Valdir. Tudo muito tranquilo.
No final de 2022, eleições presidenciais. Seu Valdir se saiu bem e todos os candidatos a quem ele apoiou se saíram bem na disputa. No entanto, no segundo turno, contrariando orientações de Helder Barbalho, o prefeito apoiou Jair Bolsonaro, o que desagradou e, no futuro, pode fazer a diferença na corrida eleitoral.
Atualmente, seu Valdir tem grande aprovação na zona rural. Os problemas surgem, no entanto, na zona urbana. O estilo austero do gestor começa a incomodar, pois máquinas públicas enxutas têm o ônus de agradar um número menor de eleitores. Há ainda o inegável fato da queda de FPM: Novo Repartimento está sentindo os efeitos da queda de repasse.
Quem não tem nada a ver com isso é a oposição, que não descansa e não vai desistir de tentar chegar ao poder. Val Bispo, seu principal adversário, não desmontou o palanque um dia sequer e está fazendo o justo trabalho que Valdir pouco faz: o político.
Aos 67 anos, seu Valdir não investe no próprio marketing político, deixa as redes sociais de lado ou a cargo de não profissionais, e vê o opositor fazer justamente o contrário. Seu Valdir também não tem buscado alianças com pessoas de fora do grupo, o que pode pesar. Seu adversário, é claro, o faz e está mais próximo de grandes líderes políticos, inclusive do governador.
A pouca movimentação em torno da reeleição é vista como excesso de confiança na aprovação, sono eleitoral e até cansaço pela árdua caminhada política. Apesar disso, seu próprio grupo é muito forte, unido e o faz favorito.
A um ano das eleições, seu Valdir terá um inverno pela frente e poucos meses de sol para mostrar ainda mais trabalho. Será que o plano de austeridade vai mudar?
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